É um grande erro da sociedade pensar apenas em nutrição, quando tratamos de saúde na mesa, tanto que as boas praticas de higiene são colocadas em vigor através das portarias de classificação (leis), da vigilância sanitária e em cursos de gastronomia aulas que ensinam os futuros chefes a serem higiênicos a ponto de não falarem quando estão cozinhando (para não cair partículas de saliva nos alimentos), agora são obrigatórias.
De acordo com a professora Ana Paula Nadalini, do curso de gastronomia (da PUC em Curitiba) o maior número de acidentes alimentares, que causam problemas a saúde estão relacionados com a falta de higiene no preparo dos alimentos.
A higiene, portanto, é um importante fator para o controle de DTA (doenças transmissíveis por alimentos), já que sem higiene as pessoas podem ingerir muitos alimentos contaminados de forma física, química e biológica.
- Biológico: Bactérias, vírus, parasitas, toxinas microbianas e príons.
- Químico: Toxinas de origem biológica, pesticidas, aminas, tintas, antibióticos, produtos de limpeza, lubrificantes, aditivos.
- Físico: Fragmentos de vidros, metais, madeiras e pedras, espinhas de peixe, cabelos, dentes, unhas.
A higiene do alimento que você faz em casa, lavando sempre as mãos, limpando corretamente os recipientes e os ingredientes, já é uma garantia de um alimento mais “limpo”, será ainda mais se tiver mais cuidado com o cabelo e com as roupas.
Com a correria e cultura dos dias de hoje, as pessoas (principalmente os jovens) procuram por alimentos práticos e fáceis. São os casos dos fast-food,
que cada vez mais oferecem essa praticidade, porem, na maioria das vezes esse tipo de restaurante não apresenta o mínimo de higiene, além de não seguir as normas e padrões dados pela vigilância sanitária e nem pelas portarias do ministério de saúde.
Com essa onda de pessoas optando pelos fast-food, desde a sua criação na Itália, no ano de 1986 o número de surtos de DTA, veio aumentando a cada ano. Isso nos comprova que além de não serem saudaveis não são nada higienicos. Veja a tabela cedida pelo professor de gastronomia Rafael Curial ( PUC – Curitiba):
NÚMERO DE SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS SEGUNDO O ANO DE OCORRÊNCIA, NO PARANÁ - 1978 – 2000:
• 1978 01
• 1979 01
• 1980 00
• 1981 02
• 1982 09
• 1983 12
• 1984 29
• 1985 40
• 1986 60 - Criação dos Fast-foods
• 1987 69
• 1988 61
• 1989 54
• 1990 78
• 1991 89
• 1992 80
• 1993 113 - Grande aumento de surtos
• 1994 171
• 1995 200
• 1996 156
• 1997 164
• 1998 200
• 1999 192
• 2000 219
Infelizmente os fast-food são os restaurantes mais escolhidos, não só pelos jovens, mas pela maioria das pessoas, em praças de alimentação em um shopping, por exemplo.
Mas não devemos culpar apenas os fast-food por essa falta de cuidado, a muitos outros fatores que fazem até os bons restaurantes terem problemas na higienização, comprometendo a saúde do consumidor.
Bons exemplos disso são: a reposição de alimentos, enquanto deveriam jogar fora as sobras; temperatura inadequada dos alimentos, sendo que alimentos frios têm que estar a uma temperatura de -10°C , e os quentes a mais de 60°C ; a disposição de um alimento por muito tempo.
Sabemos que a muitos fatores que podem prejudicar a saúde de qualquer pessoa, através dos alimentos. Por isso devemos ter um cuidado especial com os lugares onde vamos comer, pois temos todo o direito de denunciar um restaurante se ele não tiver em bom estado.
Mas antes que seja preciso denunciar algum restaurante, é totalmente de responsabilidade do consumidor em escolher um lugar de qualidade, que possa oferecer a melhor segurança. Evitar comer fora de casa, conforme o possível, também é muito importante.
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